“O que as vitórias têm de mau é que não são definitivas. O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas.”
Segundo José Saramago, tanto as vitórias como as derrotas não são definitivas. Penso que ele tem razão. No dia-a-dia, podemos vários exemplos disso. Na escola, tal acontece com os resultados dos testes, ou seja, num podemos tirar boa nota, o que equivale a uma vitória, e, no teste seguinte, podemos obter uma má nota, o que corresponde a uma derrota, podendo ocorrer o contrário. O mesmo acontece no futebol, em que uma equipa tanto pode vencer numa época, como, na seguinte, pode perder os jogos e ficar em último.
Andreia Rocha, 10.º C
Hoje em dia, toda a gente gosta de ganhar, mas eu penso que as derrotas são mais importantes do que as vitórias, pois, assim, podemos ver onde falhámos, para melhorarmos. Se as vitórias fossem para sempre, como saberíamos o que teríamos de melhorar e o que devíamos treinar? Considero também ser impossível ganharmos para sempre, porque haverá sempre outras pessoas a superar-nos, mesmo que demore dias, meses, anos ou até décadas.
Na minha opinião, o importante é darmos o nosso melhor e se sairmos derrotados, só temos de nos esforçarmos para, numa próxima, sairmos vitoriosos.
Guilherme Coelho, 10.º C
Atropelam-se valores morais e princípios éticos. O que realmente importa é chegar ao topo/à vitória pisando uns e outros.
Nunca tanto como agora se ouviu falar de competitividade. Vivemos numa sociedade cada vez mais competitiva, mais exigente, que valoriza os vitoriosos e menospreza os derrotados.
Muitas vezes, nós, seres humanos, esquecemo-nos que a vitória não é definitiva, assim como a derrota e, a meu ver, ainda bem que assim é.
Pois isso dá esperança aos derrotados e deveria dar uma lição de humildade aos vitoriosos.
Pois nada na vida é eterno, na minha opinião, mesmo que vitoriosos devemos ter sempre empatia com os outros.
Pois hoje somos vitoriosos amanhã seremos derrotados, uma vez que nada é eterno.
Contudo, mesmo quando derrotados, não devemos perder a esperança, devemos lutar pelos nossos êxitos, nunca" atropelando" os outros. Tendo sempre uma postura ética.
Pois só respeitando é que seremos respeitados.
Só caindo, é que nos poderemos reerguer.
Por isso a derrota faz parte da vida/sociedade tal como a vitória.
Só sendo derrotado, nem que seja pelo menos uma vez na vida, é que poderemos valorizar verdadeiramente a vitória, e assim compreender os outros.
Contudo, e na certeza, porém, de que tudo na vida se altera um dia, nunca nos devemos considerar vitoriosos/derrotados para sempre, pois somos todos seres humanos dotados de competências, cada qual à sua maneira.
Alberto Choupinha, 12.º D
“A palavra mais necessária nos tempos em que vivemos é a palavra não.”
Há inúmeras circunstâncias em que as pessoas carregam o medo ou a incapacidade de dizer ou de ouvir um “não”, revelando que não são capazes de impor limites ou de defender os seus valores. Tal acontece, por exemplo, nas relações. Há pessoas que permitem tudo, abrindo a possibilidade a uma relação tóxica, que poderá tornar-se abusiva. Neste caso, um simples “não” pode fazer a diferença.
Ana Pavão, 11.º C
Na minha opinião, a palavra “não” é de extrema importância, não só na atualidade, mas em qualquer altura.
Dizer “não” pode levar-nos a sair de variadas situações, nomeadamente de perigo e que acontecem sobretudo aos jovens, como abordagens por estranhos com segundas intenções ou quando pessoas próximas querem influenciar-nos. Dizer “não” também é importante para os adultos, para imporem respeito em certas situações. O “não” é fundamental para a educação das crianças, pois não se pode dizer “sim” a tudo, caso contrário não ficarão preparadas para ouvir, mais tarde, os “nãos da vida.
No fim de contas, o “não” é uma palavra que devemos utilizar com mais frequência, quando o que é proposto vai contra a nossa vontade.
Lara Batista, 10.º C
“Não”, sendo uma palavra simples e pequena, tem um grande significado, em diferentes circunstâncias.
Na minha opinião, os jovens de hoje deveriam usar mais o “não”, como forma de se protegerem e de lutarem pelos seus direitos. Não deveriam, por exemplo, aceitar a desigualdade de género, o abuso, quer sexual, quer psicológico.
Antigamente, as mulheres eram muito dependentes dos homens, porque não tinham coragem de dizer “não” às regras impostas pela sociedade. Porém, hoje, vê-se uma mudança, porque as mulheres lutaram pelos seus direitos, aprenderam a dizer “não” e, por isso, são cada vez mais independentes.
Mariana Esteves, 10.º C
Muitas pessoas têm dificuldade em dizer “não”, mas, certamente, em algumas circunstâncias, é necessário fazê-lo, por exemplo, na educação que os pais dão aos filhos. Uma criança que nunca ouviu um “não” pensa que pode fazer tudo o que quer e, deste modo, torna-se mal educada, desrespeitando as outras pessoas, até os próprios pais. Também é importante sabermos dizer “não”, quando estamos num grupo de “amigos” e eles querem que façamos algo que vai de encontro aos nossos princípios. Nessas situações, algumas pessoas não dizem “não”, para se enquadrarem no grupo, acabando por sair prejudicadas.
Há, porém, situações em que não devemos dizer “não”, como quando temos oportunidades que podem fazer de nós pessoas melhores ou para a nossa vida profissional.
Matilde Mofreita, 11.º D
Há muitas pessoas que não sabem dizer “não”, mesmo quando necessário.
Considero que há diversas situações às quais podemos dizer “não”, porém não o fazemos, por educação ou para preservarmos a nossa imagem. Tal acontece, por exemplo, quando alguém nos pede boleia ou algo emprestado. Há, porém, circunstâncias em que podemos e devemos dizer “não”, quando aquilo que nos pedem não é benéfico para nós. Por exemplo, quando presenciamos uma situação de “bullying”, devemos intervir e dizer “não”. Também os pais devem dizer “não”, para evitarem que os filhos errem.
Todavia, se alguém nos pede ajuda ou comida, e esse pedido é genuíno, então devemos dizer “sim”.
Sara Domingues, 11.º D
“Somos nós que temos de nos salvar, e isso só é possível com uma postura de cidadania ética […]”
Como José Saramago, penso que só nós podemos salvar-nos. Entendo que o nosso destino depende apenas de nós e das escolhas que, ao longo do nosso percurso, vamos fazendo.
Nos dias de hoje, principalmente os jovens procuram ajuda psicológica para tentarem resolver os seus problemas. Apesar de, muitas vezes, essa ajuda ser necessária, se a pessoa não se esforçar por fazer melhor e por ter força de vontade, os seus problemas não desaparecerão simplesmente.
Lara Martins, 10.º C
Nos dias de hoje, o que mais enfrentamos são novos desafios, muitos deles inesperados. E com eles surgem as inevitáveis consequências. Por vezes, essas mesmas consequências podem trazer-nos vitórias, mas também derrotas, que devem ser encaradas como temporárias. Tal como diz Saramago “O que as vitórias têm de mau é que não são definitivas. O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas.”
Parece-me que a afirmação de Saramago é extremamente oportuna e caracterizadora da atualidade. Num mundo cada vez mais egoísta e desigual, podemos observar a hipocrisia como algo transversal a várias áreas e setores da vida social, como acontece no Desporto e na Política. No que a estes dois campos diz respeito, verifica-se, com muita frequência, a dificuldade na aceitação da derrota e a tentativa de atribuir a culpa a terceiros e de sempre encontrar culpados, de modo a aliviar a consciência e a responsabilidade coletivas. Numa sociedade sedenta do perfecionismo, imposto, muitas vezes, pelos meios de comunicação, somos incapazes de ver na derrota uma pausa, quantas vezes necessária, para se alcançar a vitória. O mesmo é dizer que não há vitória que sempre dure, nem derrotas que nunca acabem, parafraseando o senso comum: “não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe”, realçando o carácter cíclico que estas coisas costumam ter.
Relativamente ao Desporto, é com tristeza que se observam os confrontos resultantes de uma qualquer derrota num evento desportivo e a forma como esses resultados servem para reforçar, às vezes com violência, rivalidades que perduram no tempo. Quanto à área da política, o incidente mais recente e que, com certeza, todos guardam na memória aconteceu do outro lado do Atlântico com a mais recente reeleição de Lula da Silva, no Brasil. A dificuldade da aceitação da derrota por parte do adversário, militantes e eleitores conduziu a uma série de manifestações e de revoltas públicas que pouco ou nada fazem sentido num estado democrático como o Brasil se assume perante o mundo.
Em suma, a vida é um inegável ponto de interrogação no que toca a vitórias e a derrotas, uma vez que, ao aspirarmos ao crescimento e à aprendizagem enquanto seres humanos sociáveis, é impossível mantermos as vitórias, assim como as derrotas. Deste modo, é imperativo que saibamos que a maior parte dos fracassos nos podem e até nos devem conduzir à felicidade do sucesso e da conquista se mantivermos o foco, a paciência e a inteligência para intervir sempre nos momentos mais difíceis com o reforço positivo necessário.
Leonor Rodrigues, 12.ºC
Comments